FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HOSPEDAGEM E ALIMENTAÇÃO

Dólar sobe e fecha em R$ 4,80, de olho em juros e no debate sobre a reforma tributária

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Cédulas de dólar — Crédito/Foto: John Guccione/Pexels

Por g1

O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (3) em alta, após passar boa parte da manhã em território negativo. No Brasil, a semana deve ser movimentada, sobretudo, pelas expectativas em relação ao andamento da reforma tributária no Congresso Nacional.

A sessão ainda foi de liquidez reduzida nos mercados pela véspera do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos, que acontece na terça-feira (4).

A moeda norte-americana subiu 0,39%, cotada a R$ 4,8078. Veja mais cotações.

Na última sexta-feira, dia do último pregão do primeiro semestre de 2023, o dólar fechou em baixa de 1,19%, vendido a R$ 4,7889. Com o resultado de hoje, a moeda passa a acumular queda de 8,91% em 2023.

O que está mexendo com os mercados?

O principal destaque dessa semana fica com o andamento da reforma tributária no país.

No domingo, Arthur Lira afirmou que “de sexta não passa” a votação da reforma na Câmara e ainda disse que os deputados estão abertos ao diálogo, quando questionado sobre a resistência de governadores e prefeitos ao ponto do projeto que estabelece um conselho para gerir a divisão do tributo que vai substituir o ICMS e o ISS (impostos de alçada estadual e municipal).

“Eu tenho que me colocar no lugar do governador de São Paulo, do prefeito do Rio, de todos que estão preocupados com perdas”, comentou. O presidente da Câmara pontuou que não há ponto no texto que não possa ser mudado e que o governo também precisa compreender que a melhor reforma a ser aprovada é a “reforma possível”.

A reforma tributária é uma das prioridades do primeiro ano do governo Lula. A ideia é que esta primeira etapa da reforma:

  • modernize a cobrança dos impostos sobre o consumo;
  • diminua a burocracia para as empresas;
  • facilite o recolhimento dos tributos;
  • encerre distorções do atual modelo, que geram custos para produtores e consumidores.

Ainda no cenário doméstico, o último Boletim Focus — relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos — mostrou que o mercado financeiro projeta uma inflação de 4,98% até o fim de 2023, contra expectativa de 5,06% na última semana.

Essa já é a sétima semana consecutiva de queda nas projeções, mas elas ainda apontam para uma inflação acima da meta do BC – de 3,25%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

As expectativas também caíram para a Selic, taxa básica de juros. Agora, os economistas projetam uma taxa Selic em 12% até o fim do ano, contra 12,25% anteriormente.

No exterior, os mercados tiveram um dia mais positivo, apesar de dados econômicos mostrarem uma desaceleração da atividade econômica na Europa e na China. A semana será marcada, ainda, por divulgações de dados importantes nos Estados Unidos.

No país asiático, o PMI Industrial do Caixim (um indicador que consulta 650 empresas industriais para sondar a a percepção sobre a economia) caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. No entanto, os mercados naquele continente fecharam em alta, com a expectativa de que o banco central chinês ofereça estímulos econômicos para reaquecer a atividade.

Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu para 43,4, em relação aos 44,8 de maio, o nível mais baixo desde que a pandemia de Covid se consolidava no mundo. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e mais longe da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode trazer sinalizações sobre o rumo das taxas de juros no país, e dados de desemprego nos próximos dias.

Fonte: G1 – ECONOMIA

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