
Por g1
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (28), com investidores repercutindo dados recentes da inflação nos Estados Unidos, em meio a sinais de que o ciclo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode estar perto do fim.
Às 11h20, a moeda norte-americana caía 0,75%, cotada a R$ 4,7227. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar teve alta de 0,66%, vendido a R$ 4,7586. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de:
- 0,46% na semana;
- 0,63% no mês;
- 9,84% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Na agenda de indicadores doméstica, as atenções estavam voltadas para os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa de desemprego no Brasil foi de 8% no trimestre móvel terminado em junho, no melhor resultado desde 2014 (6,9%). Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre janeiro e março, o período traz redução de 0,8 ponto percentual (8,8%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 9,3%.
Com isso, o número absoluto de desocupados teve baixa de 8,3% contra o trimestre anterior, chegando a 8,6 milhões de pessoas. São 785 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, comparado o último trimestre do ano passado. Em relação ao mesmo período de 2022, o recuo é de 14,2%, ou 1,4 milhão de trabalhadores.
Além disso, os investidores ainda repercutiam os balanços corporativos do dia, com destaque para a Vale, que ainda anunciou proventos aos acionistas e a venda de participação em uma unidade de metais básicos. Na mesma hora, os papéis da mineradora caíam mais de 2%
Já no exterior, investidores continuavam a digerir a recente redução na pressão inflacionária dos Estados Unidos, que voltou a aumentar a expectativa do mercado de que o processo de alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está perto do fim.
Os preços norte-americanos medidos pelo PCE — medida de inflação preferida do Fed — indicaram uma alta de 0,2% no mês passado, após avanço de 0,1% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento do Comércio dos EUA.
Dados sobre a atividade na zona do euro também ficam no radar, após o Banco Central Europeu (BCE) ter elevado as taxas de juros da zona do euro pela nona vez consecutiva na véspera.
Fonte: G1 – ECONOMIA