
Com a divulgação pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos números da sua última Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima suas expectativas para 2023. Segundo o levantamento da entidade, o turismo deve crescer 8,8% esse ano.
Para Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), o setor vem obtendo índices maiores aos anteriores à pandemia em 2020, mostrando que passa por um momento de expansão no país. Ele destaca que uma das razões que está contribuindo para isso é o número de feriados prolongados esse ano.
“A quantidade de feriados prolongados que teremos em 2023 favorece a geração de receitas para o turismo é, sem dúvida, é uma das causas para o aumento do nível de atividade do setor. A tendência de alta deve se manter pois, no segundo semestre, teremos o Dia da Independência, o Dia de Nossa Senhora Aparecida e de Finados que caem nas quintas-feiras. Já o Natal e o Ano-Novo serão nas segundas-feiras”, destacou Alexandre Sampaio.
Segundo os estudos da CNC, cada feriado ou ponto facultativo prolongado injeta 2,1% no volume anual de receitas do setor, que deve ser impactado em 2023 portanto em até R$ 48 bilhões, valor que corresponde a 40 dias de seu faturamento. O volume de receitas do turismo deverá encerrar o ano com faturamento real de R$ 458 bilhões, um avanço de 8,6% em relação a 2022. As maiores movimentações financeiras por conta dos feriadões devem se concentrar em São Paulo (R$ 16,71 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,62 bilhões) e Minas Gerais (R$ 5,03 bilhões). Os destinos localizados nesses três estados devem responder por 57% do “efeito feriadão” no turismo brasileiro até o fim de 2023.